– Não voltes a ligar. Quando eu puder ou quiser, eu
telefono!
Aquele «quiser» ressoava-lhe na cabeça, quando pegou no livro e se refugiou no extremo da praia.
Aquele «quiser» ressoava-lhe na cabeça, quando pegou no livro e se refugiou no extremo da praia.
Leu o mesmo parágrafo diversas vezes,
até conseguir serenar o espírito e embrenhar-se no conteúdo das palavras.
Uma frase fê-la interromper a leitura
«não há nada nem ninguém, que tenha o direito de te entristecer».
Sorriu e apagou do telemóvel o número
daquele que, talvez um dia, lhe quisesse ligar.
Quita Miguel, 53 anos, Cascais
Sem comentários:
Enviar um comentário